segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Maratona vence Taça que mais parece de Portugal

O Maratona venceu a Taça dos Clubes Campeões Europeus, competição que mais parece uma Taça de Portugal de Estrada, dado o desinteresse de todas as grandes potências europeias da disciplina.

Portugal parece ser o único país que continua a apostar na competição, alheio a isso não será o facto do Presidente da Comissão Organizadora ser Português, e proprietário da empresa que mais lucra em Portugal com o fenómeno do Atletismo de Estrada.

Opiniões à parte, mesmo com El Kalai na equipa, a Conforlimpa não conseguiu renovar o título.

Fica a classificação:

RESULTADOS:
Individuais:
1. Hermano Ferreira (Maratona CP) - 1:02.53
2. Hélder Ornelas (Conforlimpa) - 1:02.57
3. Fernando Silva (Maratona CP) - 1:02.58
4. Pascal Membo (Kromeriz) - 1:03.00
5. Yousef el Kalai (Conforlimpa) - 1:03.07
6. José Rocha (Maratona CP) – 1:03.19
7. Luís Feiteira (Maratona CP) – 1:03.54
8. Alberto Chaíça (Conforlimpa) – 1:04.19
9. Manuel Damião (Conforlimpa) – 1:04.54
10.Jan Kreisinger (Kromeriz) – 1:06.06

Colectivos:
1. Maratona CP (Portugal) - 17 pontos
2. Conforlimpa (Portugal) - 24 pontos
3. Kromeriz (Rep. Checa) – 47 pontos
4. Guadalajara (Espanha) - 51 pontos
5. Herning Lobeklub (Dinamarca) – 88 pontos

O Rei e o Servo

Rafael Lopes escolheu o título "O Rei e o Servo" para a sua crónica mensal no Atleta-digital.com, o Rei Fernando e o Servo Fernando.

Para já não vamos comentar o texto. Vale a pena ler, reflectir, analisar e comentar.

Rei e Servo
Wednesday, 14 October 2009
É perfeitamente normal encontrarmos, no Mundo, pessoas cujo nome as aproxima mas que estão muito separadas pelos papéis que desempenham. É o caso do nome Fernando que é partilhado pelos homens que me inspiraram para este texto. Um deles será tratado por Rei e outro será tratado por Servo porque caso não o fizesse, era natural que fosse uma confusão… Embora tais Fernandos sejam a razão de ser do texto, a verdade é que ambos representam dois tipos de pessoas bem distintas no nosso atletismo.

Rei Fernando e oprimidos – Desde os primórdios da humanidade, houve sempre a necessidade natural de haver líderes e seguidores. Esses chefes de tribo começaram por ser designados através das suas capacidades de caçar, o que veio a mudar com a introdução de monarquias, normalmente iniciadas por um homem com excelentes capacidades militares. Dizem-nos os historiadores que muitos destes primeiros reis foram verdadeiros heróis e o povo amava-os de facto. Mas cedo se aproveitaram da sua posição para explorarem quem estava abaixo da hierarquia. Até a Igreja Católica se aproveitou, através do “dízimo”. Eram poucos os que contestavam e quem contestasse acabava frequentemente na fogueira; era a relação opressor - oprimido a funcionar no seu esplendor.

Se no inicio, os oprimidos não sabiam bem o que faziam neste mundo, aceitando a sua condição sem se queixarem, a verdade é que as ideias iluministas despertaram a consciência para a igualdade entre todos e a para a liberdade pessoal e social. Pensamentos como “todo o homem nasce livre” de Rousseau ou “pensar e deixar pensar” de Voltaire tiveram efeitos até na Rússia czarista, uma das mais terríveis monarquias absolutistas.

Muitas monarquias foram abolidas de modo mais ou menos trágico mas muitas ainda persistem, sobretudo em África. Felizmente, a evolução da humanidade tornou monarquias absolutas em monarquias constitucionais, nome que esconde algumas realidades obscuras dos mais tiranos ditadores. Para mim, é uma tragédia ter a sensação, ao ler a carta de demissão do Arq. Luís Leite, de que foi instaurada na nossa federação uma monarquia em 1993… A ser verdade o que está escrito na carta de demissão, com o passar dos anos, o “querido” Rei Fernando tornou-se num Rei déspota e algumas palavras daquele que foi, em tempos, um dos homens-fortes do Rei, fazem-me adaptar uma frase do paradigma dos déspotas para tentar exprimir o que o nosso Rei pensa ao ver-se ao espelho: “O Atletismo sou eu!”(1) e tal e qual o Rei Sol, demonstra uma incapacidade de descentralizar poder, considerando-se insubstituível.

Preocupante é que na Federação pode-se parar esta monarquia porque há eleições mas não há quem a pare. Desde benjamim que ouço criticas ao Rei Fernando, especialmente de atletas que fizeram toda a carreira sem conhecerem outro na posição máxima da F.P.A. mas a culpa é de não existirem alternativas nos momentos que verdadeiramente interessam. É que sem adversários competitivos, que apelo é feito sobre nós no sentido da busca constante de superação?

Líderes e Servo Fernando – O fracasso de muitas empresas prende-se com a falta de verdadeiros líderes. Não sou eu que o digo, foi apenas o que eu aprendi de disciplinas como Comportamento Organizacional, Gestão de Recursos Humanos… De facto, o que há mais para aí são pessoas que dirigem sem características de líderes e claro que não lhes chamo de líderes porque não o são. Dirigem, é verdade, mas não lideram. São como maus pastores que não conseguem sequer unir o seu rebanho.

Um líder é alguém que gere os outros, aproveitando o melhor de cada um. Para isso é fundamental, entre outros aspectos importantes, ouvir os outros, descentralizar poderes e inspirar os outros. Eu realçaria o ponto “ouvir os outros” como o mais importante porque é uma forma de fazer com que todos se sintam envolvidos, o que aumentará sem dúvida a motivação duma equipa organizativa. Numa equipa de atletismo, “saber ouvir” os atletas é fundamental mas num clima de crise onde todos os gastos exigem resultados, os dirigentes são “obrigados” a vencer a todo o custo. Torna-se por isso difícil ouvir os atletas e conceder-lhes folga quando necessitam. Há por aí atletas a competirem lesionados só porque os clubes lhes pagam… Quando se é pago, é-se obrigado, não é verdade?

É óbvio que um líder deve procurar a excelência mas isso não significa vencer a todo o custo! Vencer a todo o custo não conduz ao desenvolvimento pretendido, pois assenta numa enorme falta de respeito pelos outros, o que leva à natural desmobilização daqueles que se sentem maltratados. Não terá sido essa, uma das razões que levou o Vice-Presidente a renunciar do seu cargo? Não será essa a razão de eu ouvir falar mal deste e daquele dirigente (e sempre os mesmos) onde quer que vá no nosso meio? Não será por isso que há tanta movimentação de clube em clube todos os anos?

Eu tenho as minhas respostas mas nada melhor que deixar cada um a pensar por si… Sem dúvida que há falta de respeito e a maior falta de respeito que ocorreu na época passada (de que eu tenha conhecimento) sucedeu com o Servo Fernando. Depois de ter feito uma marca muito boa nos 800m completamente sozinho, o Servo viu-se de fora da “convocatória” do seu clube para a fase de Apuramento para o Campeonato Nacional de Clubes. Não seria muito estranho se tal clube tivesse convocado o seu melhor atleta (que tinha e tem melhor marca que o Servo), coisa que não fez. Ou seja, o clube do Servo não levou ninguém à prova de 800m nos Apuramentos… Uma injustiça tremenda para o Servo que comeu e calou por mais de uma vez durante a época (não é por acaso que lhe chamei de Servo…). Para quem gosta de curiosidades, esse clube “obrigou” outro atleta a competir com dores, nesses Apuramentos, numa prova exigente e o resultado foi o fim prematuro da época daquele atleta.

5 dedos da mão – Temos atletas a treinarem muito profissionalmente e a dedicarem-se à nossa modalidade como se não houvesse mais nada na vida para além do atletismo mas tal dedicação não é acompanhada, na maioria dos clubes, pela dos seus dirigentes. Claro que a culpa não é exclusivamente dos dirigentes pois muitos deles fazem disto uma distracção. Muitos estão sozinhos e (mais grave) outros querem estar sozinhos.

Mas para esses, saibam que numa equipa organizativa há 5 pilares para o sucesso. Seguindo uma imagem feliz do famoso treinador da equipa de basquetebol norte-americana, Mike Krzyzewski os membros de uma equipa devem ser encarados como os cinco dedos da mão. Que requerem ser envolvidos, responsabilizados e mobilizados em redor de objectivos e interesses comuns. Assim, dá-se oportunidade a que o todo seja maior que a soma das partes.

Normalmente, as equipas com sucesso têm cinco características fundamentais: Comunicação, Confiança, Responsabilidade colectiva, Preocupação com os outros e Orgulho. Cada uma destas características é como um dedo da mão. São importantes individualmente, mas invencíveis quando juntas sob a forma de um punho cerrado…

Estou certo que esta imagem dos 5 dedos da mão pode ajudar muito boa gente… É que no desporto, já não faz sentido somente “fazer” (atropelar tudo e todos, contratar desmesuradamente, dispensar sem dialogar, etc), comportamento que foi fortemente influenciado pelo “Just Do It” da Nike; é necessário saber “porquê” para depois se decidir “como” se vai realizar tal projecto e “qual” a melhor maneira de o conseguir. Porque se assim continuar, o atletismo torna-se num mero espectáculo gerido por pessoas sem ideias e sem projectos para além dos seus interesses pessoais e alimentado por massas alienadas (já fiz parte desse grupo) que atrairão “gentes” que se aproveitarão da nossa paixão – o atletismo.

(1) “O Estado sou eu!” – frase atribuída a Luís XIV, o “Rei Sol” que reinou em França entre 1643 e 1715. Centralizou o poder monárquico, recusando a figura de um primeiro-ministro, reduzindo a influência dos parlamentos regionais e não convocando os Estados Gerais durante o seu reinado.

Rafael Lopes

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Mustaza em Lisboa para negociar Évora, Obikwelu, Rui Silva e Abrantes

Miguel Mustaza, o conhecido empresário espanhol está em Lisboa. Hoje é o último dia de transferências e muitas cartadas podem ainda ser jogadas.

A comunicação social avança hoje que o Benfica está interessado em Francis Obikwelu, e essa será a grande surpresa que Ana Oliveira terá para o dia de hoje, mas outros nomes estão em cima da mesa. João Ganço afirma que o campeão olímpico Nelson Évora ficará no Benfica, mas sabemos que a renovação de contrato ainda nõa foi consumada, sendo esse um dos motivos da deslocação de Mustaza a Lisboa.

Depois da contratação de Marco Fortes, o Benfica terá tentado ontem convencer o jovem Arnaldo Abrantes a voltar a vestir de águia ao peito e sabe-se que hoje tentará negociar com Mustaza Francis Obikwelu e Rui Silva, duas cartadas importantes para os objectivos de Ana Oliveira, que já é apelidada de Rui Costa do Atletismo do Benfica, numa analogia com as grandes contratações que o Benfica fez no defeso do Futebol.

A loucura das grandes transferências chegou ao Atletismo, e a inflacção dos vencimentos dos atletas pode levar a uma recessão na modalidade, a ver vamos, quanto tempo os clubes aguentam os ordenados chorudos que estão a ser propostos aos atletas.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Luis Sá recusa Benfica e fica como individual

Despedido por SMS, Luís Sá sai com mágoa do Futebol Clube do Porto. Falou-se durante dias que o recordista nacional de 110 metros barreiras podia estar a caminho do Benfica, mas o boato não se confirma. O clube da luz deve apostar em Marco Chuva para os 110 metros barreiras.

O patrocinio de uma marca desportiva ajudará o agora individual Luis Sá a preparar-se para os Campeonatos da Europa de Pista.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Marco Fortes de águia ao peito


Era um dos principais símbolos do Sporting. Na época passada tinha-se tornado sócio do clube que representava desde os 13 anos. Marco Fortes, recordista nacional de Lançamento do Peso, e o primeiro lançador de Peso português a ir aos Jogos Olímpicos assinou pelo Benfica.

Com um discurso futeboleiro, Marco afirmou "sou do Benfica desde pequenino", e a 3 dias do fim do prazo de transferências deixa Moniz Pereira desfalcado para a nova temporada.

O Projecto Olímpico do Benfica terá convencido Marco Fortes a trocar Alvalade pela Luz, isso e talvez um bom contrato do qual não se conhecem detalhes.

O Benfica terá que pagar 4.062,50 euros pela transferência de Marco Fortes, um valor simbólico pelos 14 anos que o Sporting apostou na formação do jovem lançador.


Do lado de Alvalade o silêncio é a palavra de ordem, Moniz Pereira não avançou grandes declarações "se ele quer ir para o Benfica é porque não se sente bem no Sporting", e um lançador estrangeiro parece ser a solução para a Taça dos Clubes Campeões Europeus.

Com os reforços de Marco Fortes, Diogo Ferreira, Olivier Pedroso, entre outros, o Benfica prepara-se para atacar a Pista Coberta, devendo ficar muito próximo do Sporting, ou até quem sabe destornar os leões do lugar mais alto do pódio.

Aguardaremos com expectativa a reacção do clube de alvalade, que segundo informações confidenciais, não deverá aceitar de braços cruzados que o Benfica vá a Alvalade às compras. A loja da Luz pode ser assaltada em breve!

sábado, 10 de outubro de 2009

Gala do Desporto apresenta-se com imagem e troféus renovados


A 14ª edição da Gala do Desporto marca uma nova etapa deste evento da CDP. Dentro do espírito de melhoria e de renovação que anima a realização da Gala, foram criados nova imagem e novos troféus através da Albuquerque & Bate Design e Publicidade Lda.

A Gala do Desporto passa assim a ter uma imagem sóbria e estilizada que simboliza a associação dos grandes desportistas não só à iniciativa com a todo o trabalho desenvolvido pelo movimento desportivo português e que tem como estrutura de cúpula a Confederação do Desporto de Portugal.

O novo troféu da Gala foi construído a partir do símbolo da CDP e é uma peça de grande beleza que qualquer desportista gostará de ter na sua vitrina de prémios, não só pelo simbolismo que consagra mas também pelas linhas que o definem. Para cada uma das categorias de prémios a distribuir na Gala foram criados versões distintas, respeitando embora o padrão do novo troféu.

A própria Gala do Desporto terá novidades em relação aos anos anteriores, quer quanto ao espectáculo em si quer quanto à decoração da sala, mas o melhor é deixar as modificações por revelar. Assim, terão outro impacto no dia 29 de Outubro, quando o universo representativo do desporto português se reunir no Casino Estoril.

Pode votar para o desportista do ano no site http://galacdp.sapo.pt/

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Emanuel Neves no Benfica


O jovem barreirista já assinou e reforça um dos sectores débeis do Benfica, numa clara aposta de futuro.

Emanuel Neves (ex- Porto) tem sido um dos valores em maior afirmação no atletismo nacional e depois de uma época de grande nível, nos 400 metros barreiras, com uma ida às meias-finais do Europeu de Juniores, enfrenta um novo desafio na sua vida.

O atleta continuará a treinar na região do Porto, mas no Benfica ganha espaço para uma participação em Nacionais de Clubes, podendo crescer dentro de uma equipa jovem, que aparece este ano com outras ambições.

A saída do Futebol Clube do Porto aconteceu antes da alegada demissão do seu responsável, Fernando Oliveira, estando já o contrato assinado com o clube da Luz.

Quanto a objectivos, Emanuel Neves não tem dúvidas: “Vou continuar a apostar nos 400 metros barreiras e tentar aproximar-me dos mínimos para os Europeus de Ar Livre, em Barcelona”.

Esperam-se nos próximos dias novidades quanto a novos reforços na equipa benfiquista, principalmente no sector de lançamentos, sector onde se encontra debilitado, de momento.Estas contratações deverão depender do aparente impasse que existe na equipa do Futebol Clube do Porto, embora o Sporting Clube de Portugal, com algumas dificuldades de conseguir bons reforços, esteja a espreita de reforçar a sua equipa.

Notícia: www.atleta-digital.com

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Toda a verdade sobre os últimos comentários


O objectivo do Super-Atletismo é informar, não é desfazer a Federação de Atletismo em ataques descabidos e insensatos, pelo que, temos mesmo necessidade de esclarecer os nossos leitores sobre alguns dos comentários publicados pelos nossos leitores.
No dia de hoje analisamos vários documentos entregues pela Federação às Associações de Atletismo e esclarecemos desde já o seguinte:
Os duodécimos do ano de 2009 estão em dia, e fomos informados que desde 2007/2008 a Federação raramente se atrasa no pagamento de um duodécimo. No global, são pagos às 22 Associações distritais mais de 800 mil euros em duodécimos, distribuídos por um sistema de ponderação que tem em consideração vários factores. Ainda não conseguimos ter acesso ao documento que estabelece esses factores, mas procuraremos nos próximos dias publicar essa informação no nosso site.
Para lá dos duodécimos, fomos informados que os Directores Técnicos de cada Associação são pagos pela Federação Portuguesa de Atletismo, não conseguimos no entanto apurar o valor global desse apoio.
A FPA realiza vários tipos de estágio, segundo o Director Técnico de uma das principais Associações do país, existem estágios desde o sector juvenil, a estágios dos diferentes sectores, passando por estágios individualizados de atletas que estão na prepol.
A Federação de Atletismo não tem tido nos últimos tempos as suas competições transmitidas em directo pela televisão, não conhecemos a causa desta decisão, mas sabemos, pelos documentos analisados, nomeadamente o Plano de Actividades para 2009, que foram planeados 9 programas de televisão para a RTP2, não conseguimos confirmar que todos foram realizados, mas garantimos que assistimos a alguns deles.
Não conseguimos ainda apurar o valor dos fundos angariados pela Federação, contamos fazê-lo logo que nos seja disponibilizado o Relatório de Contas, mas sabemos que a FPA tem 3 grandes patrocinadores, Adidas, Kinder e Victoria.
Os atletas que vencem os Campeonatos de Portugal, obtendo determinadas marcas, são premiados com um subsídio financeiro, visto que os Campeonatos fazem parte do Circuito Premium da FPA. O regulamento está neste link http://www.fpatletismo.pt/xhtml/subcanais_n1.asp?id_subcanal_n1=405&id_canal=187&id_menu=6
Os juízes que actuam nas provas da Federação são pagos para isso, os cursos de formação dos vários níveis são gratuitos para os juízes que os querem frequentar, pagando ainda a Federação o alojamento e as refeições se os mesmos tiverem lugar em mais do que um dia. Os equipamentos que os juízes vestem nas provas são disponibilizados gratuitamente pelas Federação, no Futebol, cada Árbitro tem que comprar o seu próprio equipamento!

Expostos os factos, passamos a dar a nossa opinião:

A Federação de Atletismo não tem que apoiar tudo e todos quantos calcem umas sapatinhas. A questão de que apoio é dado aos infantis ou aos veteranos são ridículas na nossa opinião e mostram da parte de quem as coloca um total desconhecimento das realidades desportivas mundiais. Será que alguém quer atribuir bolsas de alta competição a infantis ou a veteranos?
Mas mesmo assim, as competições que se realizam um pouco por todo o lado não nascem por geração espontânea, quem as financia? Não será a Federação através das suas Associações? E as concentrações para os escalões de formação que muitas Associações realizam, quem as financia? Não será a Federação através das suas Associações? E as formações de Treinadores dos vários níveis existentes, quem as financia? Não será a Federação?
É interessante ver os ataques cerrados que muitos dos comentadores fazem a Fernando Mota. Nos últimos 12 meses tiveram lugar 2 actos eleitorais na Federação de Atletismo, quantas listas apareceram? Uma, encabeçada por Fernando Mota, porque? Se têm ideias, se têm diferente formas de pensar o Atletismo, não basta vir para Bogs, escondidos atrás de um anonimato dizer que está mal e que se devia fazer de outra forma, é preciso dar a cara, é preciso apresentar essas ideias aos associados da Federação.
A demissão de Luís Leite teve algum peso no mundo do atletismo, não negamos, mas não podemos fazer disso o vento que destrói um castelo de cartas. É certo que muita coisa está mal na Federação de Atletismo, mas não está tudo mal, há muita coisa que devemos valorizar, como o apoio financeiro que a Federação presta às Associações de Atletismo, que por sua vez apoiam clubes e atletas. Sabemos de Associações que suportam o seguro desportivo dos atletas dos escalões de formação, não será isso um apoio?
Um dos comentários anónimos apela para se ser pelo Atletismo e não pelo anti-atletismo, da nossa parte, reforçamos o apelo, SEJAM PELO ATLETISMO!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

FC Porto termina para o atletismo


A notícia caiu que nem uma bomba durante a noite de ontem, depois da reunião de direcção, Fernando Oliveira apresentou a sua demissão, enviando uma mensagem de telemóvel para todos os atletas do clube nortenho, aconselhando que procurassem clube para a próxima época.

A notícia foi avançada pelo jornal “O Jogo”. O Super-Atletismo tentou contactar responsáveis do FC Porto, não obtendo até ao momento qualquer resposta.

Segundo o que apuramos nos meandros do clube, a razão da demissão terá a ver com o orçamento da equipa de atletismo para a época de 2009/2010, condicionando o Futebol Clube do Porto a apresentar uma equipa para discutir os nacionais de ar livre e pista coberta.

Fica assim sem efeito a contratação de Jessica Augusto, que ficará como individual com o equipamento da Nike ao peito, situação que também dever ser a de Inês Monteiro, depois de terem fracassado os contactos com o Sporting.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

A demissão de Luís Leite – Parte II

O Super-Atletismo publicou a 29 de Setembro a carta de demissão de Luís Leite, convidando os seus leitores a opinar sobre a mesma numa sondagem publicada nesse mesmo dia.

O resultado da sondagem é esclarecedor:
75% acha que Luís Leite tem toda a razão
20 % acha que Luís Leite tem alguma razão
2% acha que não tem qualquer razão
2% não tem opinião

O resultado é esmagador, a razão de Luís Leite vence com maioria absoluta, mas será que Luís Leite tem mesmo razão?


Se quanto às razões conjunturais e estruturais externas reconhecemos toda a razão ao ex-dirigente federativo, quanto às razões estruturais internas já não podemos concordar a 100%.

É certo que Fernando Mota está há demasiado tempo sentado na cadeira do Poder, detinha-o quando era DTN, manteve-o como Presidente, mas é um poder que lhe é dado pelas Associações Regionais, que o elegem em Assembleia Geral, mesmo sem que seja apresentado um programa eleitoral e mesmo sem cumprir o estipulado nos estatutos.

Quanto às criticas apontadas à direcção, a Federação tem neste momento alguns dos mais conceituados dirigente do atletismo mundial, Jorge Salcedo, Presidente do Comité de Juízes da IAAF e membro da direcção da Associação Europeia de Atletismo, Vítor Mota, ex-Secretário Geral do Comité Olímpico de Portugal, Jorge Vieira, ex-Director do Centro de Desenvolvimento da IAAF, e os outros? Quem são os outros? Olhamos para os nomes, conhecemos alguns que já vêm de longa data, mas também conhecemos as suas disponibilidades que poderá provocar o referido amadorismo, mas se Fernando Mota é um centro de poder, porque se mantêm na equipa depois de tantos anos?


Fernando Mota é um profundo conhecedor da modalidade, relaciona-se de forma ímpar com as Associações Regionais, com os atletas e tem uma capacidade de intervenção politica como nunca nenhum outro Presidente Federativo teve, as relações entre a Federação Portuguesa de Atletismo e os órgãos do poder politico central e autárquico nunca estiveram em tão bom caminho como agora, e se não fosse Fernando Mota, quem mais poderia ser?

Nos últimos 12 meses os órgãos sociais da FPA foram submetidos 2 vezes a sufrágios, das 2 vezes não houve programa eleitoral, não houve apresentação dos candidatos, situação que provocou, em pleno acto eleitoral, um desaguisado entre o Presidente da Mesa da Assembleia e o Presidente de uma Associação que pretendia conhecer os novos membros da lista. E nessas duas eleições o nome de Luís Leite constava das listas. A questão que se coloca é: Luís Leite só identificou as razões que aponta na carta de demissão nos últimos 6 meses? Se as identificou antes, o que o terá levado a entrar nas listas?

As dificuldades financeiras da FPA são conhecidas do exterior, que é que nunca ouviu um dos “monólogos” de Fernando Mota sobre a história do Mundial de Pista Coberta que provocaram a situação vivida pelas finanças da FPA? Mas não foi só o Mundial de Lisboa o causador da situação, foi também o défice de gestão, organização e coordenação dos departamentos da FPA na altura, que segundo Luís Leite, se mantém até aos dias de hoje.

O Ponto 10 da carta de demissão de Luís Leite aponta o dedo às bases, mas se reconhece amadorismo na estrutura directiva da Federação, que poderia esperar das estruturas homologas das Associações?


Estranhamos que Fernando Mota ainda não tenha reagido à carta de demissão de Luís Leite, assumindo o papel representado por um outro Presidente num acontecimento politico recente.

Também Luís Leite se tem remetido ao silêncio sobre a matéria, deixando os amantes da modalidade numa insaciável curiosidade sobre questões que se podem ler nas entrelinhas da carta de demissão.

A matéria não está fechada, e muito ainda se vai escrever e dizer sobre o tema, mas todas as opiniões sobre a matéria não passam de opiniões e especulações, no entanto, o silêncio que se faz sentir no Largo da Lagoa é conivente com as acusações feitas por Luís Leite, e Fernando Mota, quando resolver falar sobre o assunto, já será demasiado tarde.